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O aumento progressivo nas contas de energia elétrica no país, faturadas por uma concessionária do Estado (mercado regulado) tem impulsionado os brasileiros, cada vez mais, a aderir outras fontes de energia para suas próprias residências e/ou empresas, com fito de garantir maiores vantagens econômicas na soma de custos mensais.

Nesse sentido, a energia fotovoltaica, obtida a partir da luz solar, tem integrado esse crescimento exponencial, que está ainda associado à popularização dos custos das placas de instalação. 

Ademais, cabe a ressalva do advento da Lei nº 14.300 de 06 de Janeiro de 2022 que determinou novas regras de mercado, até então discriminadas na Resolução  Normativa nº 482. A Lei foi publicada em 07/01/2022 e se encontra em período de vacância (por 12 meses), entrando em total vigor a partir de 06 de janeiro de 2023.

Quais os dados do mercado de energia solar no Brasil hoje?

O crescimento acelerado do uso de uma energia limpa e renovável, como a solar, em razão dos recorrentes incentivos para utilização de energias renováveis, associado aos benefícios econômicos conseguidos, tem corroborado para o crescimento dos altos índices desta prática, resultado das pesquisas produzidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

Desde o ano de 2020, o crescimento do uso de energia solar tem alcançado altas cargas, com geração de 7GW somente no mês de outubro do referido ano, onde 4GW é correspondente à geração de toda mini e microgeração de residências e indústria, sendo 2,955% de toda energia solar.

A evolução do uso, de 2012 até 2022, é expressiva. A ABSOLAR, no dia 05/08/2022, criou um infográfico que demonstra essa evolução conforme oportunamente capturamos infra:

Em 2021,  o crescimento continuou, havendo geração de 5,09 GW de energia solar. Atualmente, a energia solar no Brasil já representa o percentual de 1,7% de toda matriz energética e o número de sistemas fotovoltaicos tem crescido de forma considerável, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste.

O resultado desse crescimento foi o avanço da posição brasileira no ranking mundial, onde atingiu a 13º colocação dos Países utilizadores dessa energia. Em acordo com os dados da ABSOLAR, o Brasil fechou o ano de 2021 com a geração de 13,6 GW (gigawatts) de potência operacional de fonte solar.

Por que este mercado está crescendo?

O crescimento deste mercado está intrinsecamente associado aos aumentos recorrentes na carga tarifária de energia; na queda progressiva que vem acontecendo dos preços da tecnologia em comento; nas linhas de financiamento que vem surgindo para facilitar esse progresso; nos incentivos fiscais para o meio; nas condições climáticas favoráveis; e em razão da sustentabilidade.

A inflação dos preços de energia, sobretudo no período de pandemia da SARCOV – COVID – 19, foi uma grande mola propulsora do incentivo de uso das energias renováveis. Isto porque, foi feito um empréstimo que gerou aumento expressivo das faturas emitidas pelas concessionárias, fazendo com que o consumidor efetuasse “pagamento indireto” desses valores.

Além da pandemia, a diminuição do volume hídrico em razão da queda de chuvas, também contribuiu para o cenário de crise, e, o resultado não pôde ser outro: Contas de energia convencionais cada vez mais caras e menos eficientes.

Seguidamente, houve uma queda expressiva dos preços das placas de energia solar e dos valores ofertados pelas empresas prestadoras de serviços, gerando uma maior popularização do uso dessa energia. Os próprios leilões no Brasil estão mais baratos. 

Segundo o Jornal “Estadão”, a energia solar está no rol dos preços mais competitivos quando o assunto é leilão de energia. Assim, há um maior impulsionamento do uso desta tecnologia, não somente pelas indústrias de médio e grande porte, mas também pelas pequenas indústrias e residências.

Outro fator contribuinte para o cenário de alto crescimento também são as linhas de financiamento ofertadas por grandes financeiras para uso desse tipo de energia. Segundo informações extraídas do sítio eletrônico da ABSOLAR, são mais de 60 tipos de financiamentos disponíveis.

Em julho/2022, a ABSOLAR atualizou a planilha dinâmica das linhas disponíveis. Para ter acesso, basta informar nome, e-mail e telefone. Ao abrir o arquivo, recomendamos filtrar, para exclusão da lista, os financiamentos inativos e suspensos.

As condições climáticas do País, em razão do seu posicionamento geográfico, também é um fato que propõe o crescimento aventado. Mesmo em regiões de radiação mais baixa, a carga ainda é bem superior se compararmos a países como os da Europa. Já as regiões de maiores insolações, como o Norte, costumam ter incidência solar de 4,5 a 6 kW/h, em média. 

Após o investimento inicial, é necessário fazer a manutenção dos equipamentos e placas instaladas. Ocorre que, essa manutenção possui custo baixo e deve ser apenas anual, provocando maior incentivo para escolha dessa energia. Ademais, a vida útil das placas podem chegar a 25 anos, provocando economia também a longo prazo.

O Governo também tem impulsionado, a partir de reduções de taxas de impostos, o uso da energia solar. Em geral, o primeiro benefício é estadual, onde todos são isentos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Já no âmbito nacional, tem as alíquotas reduzidas a zero de PIS/COFINS (Lei de Isenção n.° 13.169/2015).

Por fim, e não menos importante, um grande incentivador do uso da energia solar é a sustentabilidade. O processo de geração de energia não produz gases poluentes além de ser fonte inesgotável de energia.

Com efeito, o uso dessa energia cresce cada vez mais, demonstrando vantagens claras e econômicas para sua utilização. Mas quais são efetivamente as vantagens de seu uso para o consumidor?

Quais as vantagens da energia solar 

As vantagens do uso da energia solar se complementam às condições que lhe favorecem, e se desdobram desde a economia garantida, até a valorização do imóvel onde as placas estão instaladas. Neste tópico, abordaremos de forma resumida cada vantagem, conforme descrevemos abaixo:

  • Economia: 

Com a produção própria de energia, a partir da luz do sol, o uso de aparelhos que consomem mais energia elétrica, como chuveiro elétrico e ar condicionado, vai provocar o uso da energia interna, utilizando cada vez menos a energia elétrica, provocando efetiva redução.

Estima-se que a energia solar provoca redução de 50% até 100% da conta de luz. Dessa forma, a taxa de payback é alta e ela se torna um verdadeiro investimento. É claro que a adequação do contrato, o valor da energia, a análise de consumo devem ser feitas por um profissional consultor da área, para que o consumidor tenha segurança na escolha que está fazendo e utilize corretamente essa fonte de energia.

  • Meio ambiente:

A própria sustentabilidade, um dos fatores incentivadores para crescimento exponencial desse mercado é também uma vantagem crassa para todos. A energia solar é completamente limpa e considerada renovável, não havendo qualquer impacto produzido negativamente para o ambiente. 

Com efeito, o crescimento desse perfil de uso gera redução de demanda de outras fontes de energia menos limpas e que geram prejuízo ao meio ambiente, como aquelas produzidas em hidrelétrica e energia nuclear. 

  • Valorização do imóvel:

Sob o aspecto imobiliário, as residências com energia solar provocam redução de custos no imóvel, o que gera maior valorização na hora da venda ou aluguel. Isto porque, o comprador ou locatário, que pesa os custos na escolha de sua residência, poderá contar com a vantagem de menor custo de energia elétrica.

  • Durabilidade e baixo custo de manutenção

Outro propulsor para o crescimento do mercado, e que repetimos como uma vantagem clara do uso de energia solar é a durabilidade das placas. As mesmas possuem vida útil longa, de até 25 anos e sua manutenção possui custo relativamente baixo.

Qual é a comparação com os anos anteriores? 

Conforme infográfico reproduzido em linhas anteriores, ofertado pela ABSOLAR, o crescimento do uso de energia solar, de 2012 até 2022 foi muito elevado. Em 2019, já foi notório esse avanço.

Em razão dos fatores propulsores do crescimento, como o próprio clima, neste ano de 2019, o mercado de energia solar neste País apresentou crescimento de 212%, alcançando a instalação da carga de 2,4GW. Neste aspecto, segundo a Aneel, foram mais de 110 mil sistemas fotovoltaicos instalados no referido exercício, somatizando os índices de micro e minigeração, o que corresponde, financeiramente, a 4,8 bilhões de reais envolvidos.

Em 2020, o crescimento continuou. Conforme as informações sobreditas, o empréstimo gerado em razão da pandemia, e o aumento da carga tarifária da área, impulsionou o uso desse tipo de energia. Assim, neste ano em referência, o marco de sistemas atingiram 715 mil, sendo instalados 3,15 GW de fonte solar, sendo ainda 617,6 MW de geração centralizada e 2,53 GW de geração distribuída.

Os investimentos nacionais neste setor chegaram a 15,9 bilhões de reais, provocando quase 100 mil empregos na área.

Em 2021, o crescimento não decepcionou. O Brasil está na posição 13º do Ranking dos países que contratam essa energia e foi o 4º país que mais acrescentou  a capacidade fotovoltaica em 2021, acrescendo 5,7 GW, segundo apuração da ABSOLAR e ANEEL (Fonte: Revista exame).

Neste último ranking citado, em primeiro lugar está a China, com acréscimo de 52,9GW, logo após Estados Unidos, com acréscimo de 19,9GW, seguido da Índia, de 10,3GW.

Cabe mencionar o infográfico completo que representa esta evolução, publicada pela ABSOLAR:

Neste ano, segundo publicações recentes do G1, no primeiro semestre (janeiro-junho), houve aumento de 30% de gigawatts instalados em relação ao semestre de 2021, gerando expectativa de que esse ano finalize com o maior crescimento do mercado. 

Ressalte-se que o crescimento do uso, gera crescimento de empregos neste setor.

Qual a previsão para os próximos anos?

Um Estudo realizado na “Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026”, mostra que, sob o ponto de vista mundial, em abril de 2022, a energia solar atingiu o marco de uso de 1 terawatt, podendo chegar ao marco de 2,3 TW em 2025.

No Brasil, estima-se que ainda haverá grande investimento no setor, de pelo menos R$ 20 bilhões em 2023. Conforme dados extraídos da ABSOLAR, há uma previsão de continuidade do crescimento exponencial em 2030, onde estima-se um faturamento de aproximadamente R$ 100 bilhões.

Atentamos assim para a evolução do setor que tem se mostrado cada vez mais aderente à realidade de custo benefício dos brasileiros. O País, conforme já elucidado, contempla critérios e fatores favoráveis capazes de servir de molas propulsoras para a continuidade dessa evolução.

Qual o perfil de pessoas que consomem a energia solar?

Estudo realizado, com base em 70 mil orçamentos obtidos por uma mesma empresa prestadora do serviço em voga, apresentou resultados que podem traçar perfil de mercado.

O crescente uso, com os fatores incentivadores, tem atingido cada vez mais grupos, no entanto, identificou-se que a maioria dos solicitantes desse tipo de energia são: 85% proprietários do imovél, do gênero, em sua grande maioria, masculino (80%), considerando 100% das solicitações, com faixa etária de 31 e 50 anos, e, dentre o total, na forma abaixo:

  • faixa etária de até 30 anos: 10%;
  • faixa etária entre 31 e 50 anos: 60%;
  • faixa etária entre 51 e 60 anos: 20%;
  • faixa etária acima de 60 anos: 10%.

Diante desse perfil, os pagamentos em média são de valores que variam de R$ 200 até 1.000,00 reais. Neste contexto:

  • 15% possuem custos acima de R$ 1.000/ mês na conta de luz;
  • 15% possuem custos entre R$ 600 e R$ 1.000/mês na conta de luz; 
  • 45% possuem custos entre R$ 200 e R$ 600/ mês na conta de luz;
  • 25% possuem custos até R$ 200/mês na conta de luz.

Qual a região do Brasil que mais utiliza a energia solar?

As 02 (duas) regiões do Brasil onde podemos observar crescimento mais expressivo no uso desse tipo de energia são o Sul e Sudeste, apesar de ter fatores climáticos considerados menos favoráveis se comparados ao Norte e Nordeste.

O Estado de Minas Gerais, segundo dados extraídos do site da ANEEL é o Estado com maior capacidade fotovoltaica, utilizando hoje maior índice de energia solar, sobretudo em imóveis públicos, que desde o ínicio de contabilização de dados pela agência, em 2012, somatiza já 13,2MW de potência e 484 sistemas instalados.

Neste aspecto, cabe elencar o rol dos principais estados, seguidos com sua carga utilizada, conforme descrevemos abaixo:

  1. Minas Gerais – 1 GWp;
  2. São Paulo – 742 MWp;
  3. Rio Grande do Sul – 728 MWp;
  4. Mato Grosso – 444 MWp;
  5. Paraná – 341 MWp.

A evolução do uso é crescente em todo País, podendo atingir cada vez mais estados e regiões.

Quais os benefícios de investir nesse mercado?

O benefício mais expressivo da contratação de um sistema de energia solar é a economia que se obtém nos custos de energia, em razão do crescente aumento de energia. A carga tributária que incide sob esses serviços é crescente. Segundo a Aneel, a expectativa de aumento da bandeira vermelha no mercado regulado é de até 52%, além da expectativa de aumento do preço da tarifa.

Por outro lado, o aumento da expectativa de economia com o uso da energia solar, e, conforme as expectativas de crescimento neste, gerou o aumento da projeção de uso. Dessa forma, este é o momento ideal para o investimento.

Outro benefício para investir nesse mercado é o seu potencial. Isto porque, no Brasil, há um grande potencial de carga de energia ainda não utilizada. O total de “telhados” com placas solares instaladas ainda representa um percentual de 1% dos consumidores, sendo ainda um mercado com vasta área para exploração.

Seguidamente, é de se ressaltar as facilidades do financiamento para sistema solar fotovoltaico. Reiteramos aqui as informações mais prestadas sobre linhas de investimentos. Assim, essas molas propulsoras, também são verdadeiras vantagens e benefícios para investimento do mercado em comento. 

Como contratar a energia solar?

Inicialmente, como condição essencial a ser implementada, é a necessidade de averiguação inicial do consumo de energia local, considerando o histórico dos últimos 12 meses, para obter a média mensal de consumo sob o aspecto do quantitativo (kWh) e valor.

A partir do valor gasto e carga utilizada, profissionais do setor estabelecem um uso mínimo para que haja payback efetivo. Assim, considera-se vantajosa a instalação das placas, para um retorno mais rápido e expressivo, aquele consumidor que efetua pagamentos superiores a R$ 500,00/mês.

Após identificação do uso, deve ser dimensionado o sistema para aplicação do valor. Fabricantes de placas costumam disponibilizar ambientes de simulação conforme captura infra:

No exemplo aventado, o consumo de energia mensal é a de R$ 500. Para tanto, se faz necessária a instalação de 10 módulos, garantindo economia anual em média de R $6.231,09, ou seja, 100%. Importante salientar que o Portal dos fabricantes também esclarece o tempo de retorno do investimento, que nesse caso será de 57 meses (04 anos e 09 meses).

Assim, a depender do dimensionamento, há variação da quantidade de placas a serem instaladas.

Os custos das placas variam em acordo com a variação da moeda internacional (dólar), dos materiais de fabricação e destes custos. Mas o barateamento é notório, representando hoje o valor de 50% dos valores adotados em 2008.

Em média, o valor dos sistemas com instalação são:

  • Casa com 2 pessoas = sistema de 2,23 Kwp; preço médio de R$ 15.862,36;
  • Casa com 3 a 4 pessoas = sistema de 2,67 Kwp; preço médio de R$ 17.543,92;
  • Casa com 4 pessoas = sistema de 4,01 Kwp; preço médio de R$ 23.847,78;
  • Casa com 4 a 5 pessoas = sistema de 4,9 Kwp; preço médio de R$ 27.836,92;
  • Casa com 5 pessoas = sistema de 7,12 Kwp; preço médio de R$ 36.523,62;
  • Mansões, mais de 5 pessoas = sistemas de até 12,02 Kwp; preço médio de R$ 54.607,05.

A Empresa contratada fará uma inspeção técnica e elaborará um projeto de acordo com a viabilidade do sistema. Os materiais necessários são organizados e faturados pela logística da empresa contratada. Com os materiais prontos, é feita a programação da instalação, e, por fim, após esta finalizada, a troca do aferidor de energia. 

Importante o registro que, após a elaboração do projeto, é feito o encaminhamento à distribuidora de energia para autorização.

Observe-se que, ainda que seja um processo simples e que o crescimento desse serviço esteja ganhando cada vez mais espaço no País, é importante um estudo concreto das demandas pelo consumidor para que seja feita a melhor opção no caso concreto.  

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